Trançado.
Hoje vou passar o dia pensando:
será que essas coisas de afeto são formas sociais de expressão, de
reconhecimento e explicação para o mundo?? Será que eu me mudo?? Será que eu
perdoo?? Será, meu Deus, será??
Hoje vou passar o dia todo
me perguntando: será que as representações coletivas são a própria forma de
coletividade e saudade?? Será que estou viva?? Será que eu, um dia, consigo
germinar um abrigo?? Será, meu Deus, será??
Se Deus responder, e apontar
para o vento, como uma das causas pro infinito de estórias no mundo... Eu vou
entender que tudo é tempo e espaço – específicos. E que a vida é um trançado de
acasos, que se juntam e se esgotam. Num desafio constante.
E, Deus, vai saber, logo no
primeiro assobio, que eu não quero caminhar sozinha... Quero mãos dadas, estrada,
caminhos. Quero casa, fogão, cafuné, pomar, rio e menino. Quero um abismo de coisa. Só isso, mais nada.
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